Divórcio
O que a Bíblia diz sobre o divórcio?
É certo o cristão divorciar-se. Há respaldo bíblico a despeito desta temática?
O DIVÓCIO
Há muitos entraves a respeito deste tema. A temática é realmente grande, causa muitos conflitos e há uma divergência muito grande no meio cristão. Muitas Igrejas e pastores tem medo e receio de prolatar uma decisão em relação ao assunto, pois poderia abrir um precedente que poderia ser mal interpretado por alguns seguimentos da sociedade. Com isso, a Igreja entraria em evidencia a ponto de causar rupturas no entendimento sobre esta questão.
Mas a Bíblia é muito clara, e para isto, devemos nos atentar quando olharmos para os ensinamentos deixados pelos apóstolos e profetas do AT e NT no que tange as doutrinas e mandamentos expostos em toda a Escritura Sagrada.
O assunto é de fato espinhoso, mas a sabedoria e o discernimento são sem sombra de dúvida um diferencial, este quesito é imprescindível para uma boa leitura da palavra de Deus. Não nos esqueçamos das ferramentas de interpretação como a exegese e a hermenêutica para fazermos a interpretação logica e sensata de um assunto tão delicado.
Vejamos os tópicos abordados que se relacionam com o tema que é objeto principal de nosso estudo.
Primeiro
O que é o divórcio segundo a Bíblia e a cultura Judaica
Como o tema era tratado entre os Judeus
Qual mecanismo utilizado para legislar a despeito do tema
Divórcio segundo a Bíblia
Em linhas gerais, o divórcio é a separação do homem de sua mulher. Quando há um litigio, ou seja, por algum motivo, seja interno ou externo, o homem poderia se separar de sua mulher.
Cultura Judaica
Na cultura Judaica, temos autores de livros e outras obras literárias que corroboram para um esclarecimento bem robusto. Segundo o entendimento dos mestres da Lei, o homem é quem tinha segundo a Lei de Moisés, a prerrogativa de iniciar o processo de separação “divórcio” por meio da carta de denominada de gêt (carta de divórcio) no hebraico é gârash.
Todo processo de divórcio era contemplado por juízes e anciãos ao ser apresentado pelo homem “marido” quando queria rejeitar a sua esposa por algum motivo que para ele era justificável.
Mas havia também as rejeições ou o repúdio “abandonar” que em hebraico é “shalach” quando o marido abandonava a sua esposa. Contudo, este abandono não poderia ser sem a gêt, carta de divórcio, para não prejudicar a vida social da mulher, pois ela seria vista com maus olhos, e não poderia se casar novamente caso não houvesse em mãos a get.
No livro de Ex 24.14 o adultério é o 7ª mandamento, e este permitia o divórcio de forma legitima segundo a Lei de moisés. Jesus também falou sobre o assunto quando foi interpelado pelos discípulos e outros seguidores, o registro está em Mateus (5.31 e 19.7).
Em Dt 22.13-29, também fala claramente a despeito do divórcio. Nestes versículos, são enfatizados em quais circunstancia esta separação se daria de forma legal. Quando Jesus mostra sua visão sobre o tema, a sua resposta foi bem categórica, “Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim.
9 Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”.
O que podemos compreender depois de analisar este trecho em que Cristo foi tão claro e direto?
Percebemos que na cultura judaica havia um certo machismo em relação a mulher, pois o homem buscava qualquer motivo para justificar a sua rejeição. Qualquer coisa que ele achasse indecente, seria motivo para pedir separação. Isso ficou recorrente no AT e por este motivo moisés propôs o gêt (carta de divórcio) para frear os repúdios demasiados por parte dos homens em Israel no AT. Seus corações eram duros e imaturos com relação a vida conjugal e as mulheres eram o lado mais frágil.
Sem contar os relatos do Apostolo Paulo em 1 Co 7.34 em diante, que fala a respeito da mulher virgem se seus desdobramentos. A bem da verdade, casamento é coisa séria, e não deve ser negligenciado pela Igreja, muito menos pelos cônjuges. Sabemos que o fim da Lei é Cristo, e a cultura Judaica serve para que nós, nos tempos modernos, mesmo sendo de outras culturas, devemos compreender também que Jesus Cristo deixou bem claro que o modelo de matrimônio consiste na fidelidade de ambos os cônjuges e os percalços provenientes de uma vida a dois, devem ser observados a luz da Bíblia e sob o controle de ambos, sempre visando o bem estar mutuo, com sinceridade e honestidade.
Por isso Jesus disse aos seus discípulos “esta palavra não é para todos, e sim para aqueles a quem é dado”, (Mateus 19.11) ou para os vocacionados!
Mecanismo Para Legislar o Divórcio
No AT Moisés deu a carta de divórcio “gêt” ou “shalach” para diminuir a incidência de rejeições realizadas pelos os homens e, não deixar as mulheres engessadas e presas a uma união sem marido, que em outros termos técnicos é chamada de “aguná”, ou seja, uma mulher sem marido, porque o seu desapareceu praticando o repúdio. Neste caso, ela não poderia se casar novamente até encontrar o seu marido ou ter outra solução vinda por meio dos anciãos e juízes.
Percebemos que a vida conjugal naqueles dias em Israel, era bem complexa, pois Deus direcionava a Moisés instruções para que o povo não se desviasse dos mandamentos. Mas cuidar de um povo em ascensão era extremamente complicado, a vida social em expansividade, pensamentos diferentes e interesses nem sempre convergentes, deixam os lideres sob pressão em circunstancia muitas vezes não favoráveis.
Enfim, a Lei de Moisés foi a régua que ponderou as decisões neste tema tão explorado e complexo pelos homens naquela época, pois os israelitas se aproveitavam de suas prerrogativas para subjuga as mulheres e as despedirem por qualquer motivo. Antes era o abandono, depois da carta de divórcio, veio as avalanches de separações sem motivo plausível por causa da gêt. Mas este não era o modelo no principio a que Jesus se referiu em Mateus. Por isso foi se estreitando os motivos pelos o quais deveriam de fato ser legitimado as separações. Isto é corroborado quando Jesus responde dizendo que o único motivo, legal, justificável e sustentado pela as Escrituras Sagradas era o adultério, ou porneia em grego, que significa “imoralidade sexual” ou tudo que se relaciona a ela.
Conclusão
Que a Bíblia fala de divórcio, isso é fato! Há relatos tanto no AT como no NT. Também há os manejos para se cuidar deste tema tão complicado e explorado por muitos, até mesmo de forma subvertida para atender interesse escusos. Contudo, a separação deve ser abordada com um olhar holístico, pragmático e com cautela.
As ferramentas para lidar com esta questão estão na Bíblia e deve ser observada com bastante atenção e sem viés. Como estudante da Bíblia, procuro sempre com cuidado e o máximo de cautela averiguar todas as possibilidades que se apresentam nas Sagradas Escrituras. Vejo que há subsídios suficientes para se chagar a uma conclusão, obvia e sensata segundo a vontade de Deus comunicadas por meio dos profetas e da própria Bíblia.
Bem como nos Evangelhos, e no Antigo Testamento, não faltam informações relevante e esclarecedoras que cominam na resolução para este tema. Na cultura Judaica, parte do Dote pago ao pai da noiva, fica separado para ela em caso de fracasso daquele casamento “união”, pois ela necessitara para a sua manutenção durante a jornada em busca de realocação familiar até que se restabeleça para outra condição de casamento, nova união estável.
Mas esta garantia do Dote, não é uma brecha ou pretexto para se justificar um divórcio e sair tendo relações com outros homens ou mulheres em busca de um par perfeito.
Se há uma disposição para um relacionamento dentro da cultura cristã, um interesse, seja por parte de uma mulher ou homem, deve se te a certeza e conhecimento prévio de ambos, no que tange ao perfil de cada um, idoneidade e investigação social para tomar uma decisão de se casar. Lembrem-se, casamento é coisa séria.
Não se pode vulgarizar este modelo, o mundo pode ter se modernizado, mas os mandamentos de Deus não. As palavras do Senhor nunca mudam, Deus não muda, e não há mutações em seus estatutos por causa das evoluções deste século ou o vindouro.
Portanto, de fato, cheguei à conclusão que, diante destas evidencias, irrefutáveis, insofismável, irrefragável, de que o adultério é a única condição relevante e plausível que da a legalidade para o divórcio. Isso fica bem claro nas palavras de Jesus em Mateus 5.31 e 19.7.
Há outras exceções? Sim, mas são atípicas como as abordadas por Paulo quando se refere a fardo de servidão em um casal não crente e depois de ouvir o Evangelho, um ou outro cônjuge vem para o cristianismo, reconhece Jesus Cristo e passa a ser da família cristã vivendo uma vida honesta e santa diante do Senhor. Mas isto abordarei em outra ocasião.
Vale ressaltar, mesmo que de passagem, a observância sobre algo muito relevante quanto as duas Escolas Rabínicas mais importante de Israel. São elas; Shammai e Hillel.
Por que abordar estas escolas? Simples, elas representam duas linhas de pensamentos com algumas divergências a respeito das interpretações bíblicas. O Rabino Hillel tem uma visão interpretativa da Bíblia mais atenuada ou flexível em alguns temas, principalmente os polêmicos, já a escola do Ancião Shammai é mais rigorosa quando se trata da “Ketubá” principalmente em caso de separação. Jesus ao comentar sobre este assunto em Mateus 5.28 é bem enfático, isso nos mostra que, seu alinhamento está mais com o entendimento da escola Shammai do que a de Hillel.
Para Jesus, a quebra da Ketubá, contrato social de casamento, somente se daria por infidelidade “porneia” em grego, ou seja, prostituição, traição etc.
O que corrobora com o pensamento da escola Shamami. Mas, para a escola Hillel, o divórcio seria legitimo em casos menos dramático como por exemplo; insatisfação sexual ou conflitos conjugais mais comuns, uma relação conturbada, rotina, desafeto amoroso, cansaço emocional com relação a esposa etc.
Com isso, iremos encontrar muitos pensamentos divergentes com relação a este assunto. Há muitos teólogos com opiniões diferentes, assim como as duas escolas supracitadas.
Entretanto, para finalizar, vejo por um espectro mais dual, onde em determinados casos, pode se aplicar o entendimento da escola de Shammai, e em outras situações, a visão rabínica de Hillel. Ou seja, antes de proferir uma decisão, o contexto, juntamente com a Bíblia, deve ser o objeto principal para balizar uma separação.
De forma geral, a maioria dos problemas em um casamento, não superam a traição, o adultério, a imoralidade sexual que permitiria um rompimento deste matrimônio.
No mais, não obstante, o casamento é um modelo instituído por Deus para ser preservado enquanto durar, e o mundo atual quer destruir este modelo, e isso fragiliza a sociedade como um todo que perde a sua identidade e suas bases para um modelo de pais solido e forte, seguro e desenvolvido.
Agradeço a Deus pelas suas misericórdias e benignidades e bondade para com minha vida.
Abraços a todos!
Que o Amor de Deus, a graça de nosso Senhor Jesus Cristo e as Consolações dos Espírito Santo estejam com vocês. Amém!
Autor: Blog
Responsável: Evanílson Freire Nascimento
Artigo próprio!
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